HOME PAGE
EQUIPAMENTO MÉDICO Nos dias atuais os cientistas executam uma série de etapas para examinar uma múmia, mas já vai longe o tempo em que as bandagens eram retiradas e jogadas no lixo. Hoje todas as pesquisas científicas feitas em um corpo mumificado não causam nele o mínimo dano e, apesar disso, a maioria das múmias estudadas com métodos não destrutivos revelam muito mais informações do que no passado. Neste trabalho são executadas algumas ou todas as etapas seguintes:
  • Assim que a múmia é descoberta ela é fotografada para registrar sua aparência e o estágio atual de deterioração.
  • O corpo é completamente radiografado, mostrando o que está dentro das bandagens e as condições do corpo. Radiografias também podem revelar certas doenças que a pessoa tenha sofrido.
  • Peritos têxteis são chamados para examinar o material que envolve a múmia e podem retirar um retalho microscópico do tecido para analise.
  • Se a boca da múmia estiver aberta, será possível realizar um completo exame odontológico. Isso poderá revelar muitas informações sobre o tipo de comida que a pessoa comeu e sobre sua saúde. Será examinado se e como os dentes estão gastos, quais os dentes que se deterioraram ou se perderam e se a boca contém qualquer sinal de lesão. O conjunto dos testes pode revelar a dieta da pessoa e, talvez, até mesmo mostrar como ela morreu.
  • A seguir é realizado um exame histológico, ou seja, amostras dos tecidos da múmia são estudadas no microscópio. O exame permite que se dê uma olhada mais de perto dos tecidos moles retirados de músculos e órgãos. Procura-se, principalmente, indícios de qualquer doença que a pessoa pudesse ter ao morrer. Nem sempre esse exame é possível, pois depende das condições da múmia. Geralmente elas são muito frágeis e secas, mas os tecidos podem ser reidratados, isto é, misturados com uma solução de água e outras substâncias químicas para restabelecer a condição original, mas os cientistas são pouco propensos a danificá-las para retirar qualquer amostra de tecido. Algumas alternativas existem. Amostras microscópicas da pele, por exemplo, podem ser cortadas de áreas do corpo que não serão expostas ao público. Amostras dos órgãos internos não podem ser retiradas se o cientista tiver que fazer uma incisão, pois isso mutilaria a múmia. Mas, às vezes os embalsamadore já fizeram tais incisões, permitindo acesso a um fígado ou a um pulmão, por exemplo. Em certas épocas os órgãos foram removidos e preservados nos vasos canopos ou embrulhados em pacotes, facilitando a retirada de amostras.
  • Usando tecnologias de alta definição de imagens tridimensionais, como a tomografia computadorizada, é possível "fatiar" virtualmente o corpo em milhares de camadas e examinar cada detalhe do organismo mumificado. Na foto acima vemos uma múmia pronta para ser examinada em uma destas máquinas que são usadas pelos médicos na detecção das doenças das pessoas vivas.
  • Modernamente a endoscopia tem sido usada para examinar o esôfago, o estômago e os intestinos da múmia. O equipamento permite procurar sinais de doença e até mesmo pode descobrir qual foi a última refeição feita pela pessoa.
  • Ainda que uma múmia esteja bem preservada, provavelmente não se assemelha realmente à pessoa quando em vida. Artistas têm sido convocados para esculpir rostos de múmias e apresentar uma reprodução cuidadosa e precisa do provável aspecto facial da pessoa. Sobre esse assunto, clique aqui.